Carros autônomos encalhados
A notícia intitulada "Driverless cars were the future but now the truth is out: they’re on the road to nowhere" ("Carros autônomos eram o futuro, mas, agora a verdade veio à tona: estão na estrada para lugar nenhum"), foi recentemente publicada no The Guardian, conceituado veículo de notícias britânico, por Christian Wolmar, renomado escritor e comentarista especializado em transportes. Wolmar é conhecido por suas opiniões contundentes e por suas análises meticulosas dos desenvolvimentos no setor de transportes, particularmente relacionadas às soluções de transporte autônomo.
Destaques:
- Reviravolta no sonho dos carros autônomos
- Viabilidade comercial em xeque
- A IA tem falhado nos testes reais de direção
Por anos, a promessa de veículos autônomos ecoou por todos os cantos dos campos da tecnologia e dos negócios, pintando uma imagem de cidades futuristas povoadas por carros sem motorista, circulando suavemente pelas ruas. No Brasil, as expectativas não eram diferentes. A possibilidade de um trânsito mais seguro e eficiente, graças à Inteligência Artificial, capturou a imaginação de empresas e governos, que começaram a investir nesta visão.
Mas, como aponta Wolmar em seu artigo no The Guardian, essa visão idílica é construída sobre uma base não só de expectativa, mas também de incertezas. As enormes dificuldades técnicas e logísticas enfrentadas por empresas como Uber e General Motors ilustram claramente que "carros autônomos representam uma das promessas mais infladas no campo da Inteligência Artificial". Em outras palavras, essa esperança exagerada pode ter sido precipitada.
A falha de várias tentativas comerciais de implementação de veículos autônomos nos últimos anos levanta questões significativas sobre o futuro dessa tecnologia. A regulamentação rígida nos países, como a que foi recentemente implementada no Reino Unido, poderia ser um forte impedimento para o desenvolvimento e a monetização de carros autônomos.
Empresas brasileiras que planejam investir em automação de veículos precisam ficar alertas, pois o cenário é incerto. Enquanto houver lacunas na tecnologia de IA que impedem o funcionamento ideal dos carros autônomos, negócios baseados nessas tecnologias continuam sendo uma aposta de alto risco.
Nesse contexto incerto, seria mais prudente direcionar recursos e planejamento para aprimorar o sistema de transporte público brasileiro, que poderia ser muitos mais eficiente, sustentável e inovador.
Como diretor de inteligência artificial da EXAME, leio muitas notícias todos os dias e converso com muitos especialistas do setor. E uma coisa é certa: no campo da IA, a palavra de ordem é adaptabilidade. Devemos estar prontos para reconsiderar nossas expectativas e estratégias à luz das novas informações e desenvolvimentos.
E aí, você acredita que os carros autônomos ainda têm futuro no Brasil? Compartilhe suas opiniões nos comentários!
Para ler a notícia original, visite: https://www.theguardian.com/commentisfree/2023/dec/06/driverless-cars-future-vehicles-public-transport
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